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segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Aulas n.º 59 e 60 13 de Janeiro de 2010

Sumário:
Os modelos explicativos do conhecimento
A prespectiva de David Hume

Lições n.º 60 e 61 - 18 de Janeiro de 2010

Sumário:
Análise e resumo de um texto sobre a teoria explicativa de David Hume - computadores.

Lições nº 63 e 64 - 20 de Janeiro de 2010

Sumário:
Os conhecimentos de facto e a relação de causalidade.Actividade de consolidação.

Actividade de Consolidação - Lições nº 59 e 60

1. O que são relações entre ideias?
São raciocínios demonstrativos, cujas conclusões são independentes da realidade e se apresentam como necessárias.
2. O que são conhecimentos de facto?
São conhecimentos a posteriori, ou seja são ou estão baseados na sociedade em que vivemos.
3. O que distingue essencialmente relações de ideias e conhecimentos de facto?
Relações de ideias são conhecimentos a priori, já os conhecimentos de facto são conhecimentos a posteriori;As relações de ideias são verdades necessárias, a verdade das proposições de facto é contingente; As relações de ideias não nos dão conhecimento sobre o mundo, enquanto que no conhecimento de facto, as proposições se referem a factos de descoberta, sobre coisas do mundo e dão-nos conhecimentos sobre o que existee e acontece no mesmo.

domingo, 24 de janeiro de 2010

O emprismo de David Hume




Resumo

Existe uma dife¬rença considerável entre as percepções da mente, quando um homem sente a dor e quando ele depois traz à memória a sua sensação ou a antecipa.
Estas faculdades podem copiar as percepções dos sentidos, mas nunca podem inteiramente atingir a força e vivacidade do sentimento original; o mais vivo pensamento é ainda inferior à mais baça sensação.
Podemos observar que uma distinção similar prevalece em todas as outras percepções da mente.
Quando reflectimos acerca dos nossos sentimentos e estados de ânimo passados, o nosso pensamento é um espelho fiel. e copia os seus objectos com verdade, Não se exige nenhum discernimento fino ou cabeça metafísica para assinalar a dis¬tinção entre elas.

Podemos dividir as percepções da mente em duas classes ou tipos, que se distinguem pelos seus diferentes graus de força e vivacidade.

As menos intensas e vivas são comummente designadas Pensamentos ou Ideias.
A outra classe são as Impressões que significa todas as nossas percepções mais vivas, quando ouvimos, vemos, sentimos, amamos, odiamos, desejamos ou queremos.
E as impressões distinguem-se das ideias, que são as impressões menos intensas

Nada pode parecer mais livre do que o pensamento do homem.
E enquanto o corpo está confinado a um planeta, ao longo do qual se arrasta com dor e dificuldade, o pensamento pode, num instante, transportar-nos para as mais distantes regiões do universo.
O nosso pensamento pareça possuir esta liberdade veremos,que se encontra confinado a limites e que todo este poder criador da mente nada mais vem a ser do que a faculdade de compor, transpor, aumentar ou diminuir os materiais que nos são fornecidos pelos sentidos e pela experiência.
Em suma, todos os materiais do pensamento são derivados da sensibilidade externa ou interna: a mistura e composição destes pertencem apenas à mente e à vontade.

Os dois argumentos seguintes provarão, espero, sufi¬cientes para provar isto. Primeiro, ao analisarmos os nossos pensamentos, sempre descobrimos que elas se resolvem em ideias tão simples como se fossem copiadas de uma sensação ou sentimento precedente. Mesmo as ideias que, à primeira vista, parecem afastadas destas origem, descobre-se. Após um escru¬tínio mais minucioso, serem dela derivadas.
Podemos prosseguir esta inquirição até ao ponto que nos agradar, onde sempre descobriremos que toda a ideia que examinamos é copiada de uma impressão similar.
Segundo, se acontecer que um homem, em virtude de um defeito dos órgãos, não é susceptível de qualquer espé¬cie de sensação, vemos sempre que ele é igualmente pouco susceptível das ideias correspondentes.
Embora haja poucos ou nenhuns exemplos de uma semelhante deficiência na mente, em que uma pessoa nunca reconheceu ou é totalmente incapaz de um sentimento ou paixão que pertence à sua espécie, no entanto, descobrimos que a mesma observação ocorre num grau menor.
Admite-se prontamente que outros seres possam possuir muitos sentidos dos quais não temos nenhuma noção, porque as ideias deles nunca nos foram introduzidas da única maneira pela qual uma ideia pode ter acesso à mente, isto é, através da sensibilidade e da sensação efectivas.
Existe, contudo, um fenómeno contraditório que pode provar que não é absolutamente impossível surgirem ideias independentes das suas impressões correspondentes. Creio que sem grande esforço se admitirá que as várias e distintas ideias de cor, que entram pelos olhos, ou as de som, que são trans¬portadas pelos ouvidos, são realmente diferentes umas das outras, embora, ao mesmo tempo, se assemelhem.
. Suponhamos, pois, que uma pessoa desfrutou da sua visão durante trinta anos e que se tornou perfeitamente familiarizada com cores de todas as espécies, excepto com um matiz particular de azul, por exemplo, que nunca teve a sorte de encontrar. Que todos os diferentes matizes dessa cor, excepto aquele único, lhe sejam apresentados, descendo gradualmente do mais escuro para o mais claro;
ser-lhe-á possível, pela sua própria imaginação, suprir tal deficiência e ascender por si mesma à ideia desse matiz particular, embora nunca lhe tenha sido transmitida pelos sentido?

Todas as ideias, em especial as abstractas, são naturalmente vagas e obscuras; a mente tem delas apenas um escasso domínio.
Pelo contrário, todas as impressões, isto é, todas as sensações, quer externas ou internas, são fortes e vivas;
Por consequência, quando alimentarmos alguma suspeita de que um termo filosófico é empregue sem um significado ou ideia, precisamos apenas de perguntar: de que impressão deriva esta suposta ideia?

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010


David Hume





Distinção entre impressões e ideias


Hume introduz uma distinção entre impressões e ideias, considerando as primeiras evidências fortes e vivas que provêm do conhecimento de uma realidade exterior. Consequentemente as ideias são representações enfraquecidas e menos vivas das impressões do pensamento. Deste modo conclui que as ideias resultam do trabalho do espírito humano sobre as impressões.
Relações de ideias e questões de facto


Além da distinção entre impressões e ideias, Hume distingue o conhecimento em dois tipos: conhecimento de relações entre ideias e conhecimento de factos.
As relações de ideias são de carácter intuitivo e correspondem ao trabalho da mente humana sobre si mesma. De certo modo têm a ver com a experiência, no entanto as ideias que formulamos já não são fundamentadas na experiência.
Por via da indução, chega aos primeiros princípios empiristas:

à Nada existe no nosso próprio espírito humano que não provenha da experiência.

à A partir das experiências podemos formular relações de ideias, no entanto a mente não recorre a estas.


O ser humano tem a ideia de Deus pois tem a impressão dessa ideia, conseguida através duma relação de ideias.
Relativamente às questões de facto, estas dizem respeito às nossas impressões actuais e às nossas recordações actuais de ideias passadas. A título de exemplo, quando eu vejo o sol, não vejo nada que me indicie que este está a nascer, no entanto como tenho a impressão destes dois fenómenos (sol e nascer) separadamente posso afirmar que o sol nasce a uma determinada hora.
Portanto, define-se relações de facto como as relações que o ser humano estabelece entre fenómenos que conhece separadamente, sendo esta relação a posteriori, pois é resultante da experiência.
O princípio da causalidade passa a ser entendido como a relação que o ser humano faz entre factos semelhantes ou sucessivos.

Principais críticas do empirismo ao racionalismo


à Critica o cepticismo em geral uma vez que esta posição de negar qualquer tipo de existência de conhecimento, impossibilita as pessoas de emitir qualquer opinião ou impressão.

à Critica o facto da dúvida universal não ser possível, no entanto Descartes usa-a, partindo do pressuposto que com ela é possível atingir um conhecimento verdadeiro. Hume considera a dúvida o último caminho para atingir um conhecimento verdadeiro.

à Num dado momento inverte a crítica, afirmando que para os empiristas toda a racionalidade provém dos sentidos. Uma vez que os sentidos são enganadores, não se deve confiar nestes e ainda não se deve perceber das coisas nada que não seja as próprias coisas.


O problema que D. Hume levantou e permanece até à actualidade como um problema real, é o da indução.
Equaciona-se nos seguintes termos: ao afirmar-se que a expectativa de ocorrências futuras similares aos casos singulares observados anteriormente decorre simplesmente de um hábito, e de crenças suscitadas pelo hábito, sem qualquer garantia racional ou lógica, levantam-se três dificuldades à investigação científica futura.

Levantou, em primeiro lugar, o problema da (i)legitimidade lógica da indução, ou seja, o problema da justificação lógica da passagem de enunciados particulares para enunciados gerais, o mesmo é dizer, o problema da ilegitimidade das leis científicas.

Levantou ainda o problema da validade dos juízos acerca do futuro e de casos desconhecidos, o mesmo é dizer, o problema da legitimidade das previsões científicas. As previsões pertencem aquilo que ainda não foi observado e não podem ser inferidas logicamente daquilo que já foi observado, porque o que acontecei não impõe restrições lógicas aquilo que acontecerá.

Levantou em terceiro lugar o problema da causalidade, ou seja, o problema da legitimidade da conexão causal entre acontecimentos. A ilusão da causalidade provém, segundo Hume, da confusão entre conjunção ou sequência de acontecimentos com a sua conexão causal. Na verdade p e q não é o mesmo que “p implica q”.



NB. O princípio da indução não se pode justificar apelando simplesmente à lógica. Assim sendo poderíamos supor que o indutivista derivaria a indução directamente da experiência, mas uma tal justificação é inaceitável porquanto incorre num circulo vicioso, uma vez que emprega o mesmo tipo de argumentação indutiva, cuja validade se supõe que necessita de justificação. Exemplo:

O princípio da indução funcionou com êxito na ocasião X1

O princípio da indução funcionou com êxito na ocasião x2

Etc.


O princípio da indução funciona sempre


Infere-se desta forma uma conclusão universal que afirma a validade do princípio da indução a partir de uma certa quantidade de enunciados singulares que registam aplicações com êxito do princípio do passado. Portanto a argumentação é indutiva, e não se pode, pois, utilizar para justificar o princípio de indução. Não podemos utilizar a indução para justificar a indução. Esta dificuldade foi designada como “problema da indução”